segunda-feira, 19 de março de 2012

menino...


Menino, menino!

Por onde anda e em que onda?
São tantas contas na memória a divagar.

Menino, caro menino!
São findos os tempos do olhar...
Idos o tocar...  o abraçar.
Cá eclodem somente as sinestésicas formas de ter,
Para o bem viver se fazer chegar.

Menino, ausente menino!
O amor é somente um falar
(quantas melodias se fazem apenas para rimar?)
Meu grito é mudo! É forte!
Somente a você pretende alcançar.
É a soma do cheiro lembrado,
Do som imaginado...
É o assomo da razão para o coração driblar,
(ou o contrário será?)

Viver, glorioso menino,
é carecer inventar:
colorir os encontros;
Celebrar os sonhos;
Aprender  os sons não ouvidos e reaproveitar os quase esquecidos.
É fazer o então AMOR vingar.

Isso, menino, é o tal  AMAR.


( é o que a você, amigo, tenho a doar).

sábado, 17 de março de 2012

Palavras...

Palavra solta na gaveta entreaberta:
alerta!
Não há saída às passivas vozes que não se permitam impor ação:
reflexão!
Pense e faça. Insista e invista!
Lá só há lugar para quem se bem afigurar.
Substantive toda a abstrata ideia.
Faça dela seu passo certo e concreto nessa breve junção.
Palavras soltas na boca: louca impressão!
Conceito,
Preceito.
Aceito!
Leve a ousadia no peito e insista na satisfação.
Mude rumos sem se apressar.
Colha flores,
Plante vidas,
Proponha encontros com junção de sabores...
Conjugue as cores de outro amanhecer.
Palavras soltas e, na boca, não se apressam para chegar.
Palavras tantas que sequer se podem alcançar.
Onde hei de achar?
Palavras soltas que, no tempo, comunicação hão de encontrar...
Queira confiar!

domingo, 11 de março de 2012

Essência


Essência
Se o mundo me quiser compreender,
terá então que se desfazer,
Permitir-se imperfeito.

Não há conselhos,
Não há passos a seguir,
nem consultas a fazer.

Se este for definido, planejado, constante...
Então a mim será mais distante.

Se o fizer de ímpeto,
canto ou verso improvisado,
Saber-me-á concluído,
atingido em todo à parte.

Sei-me sonhos,
esperançando caminhos e,
em meio às loucuras do mundo,
erguendo sempre os pedaços.

Medo?
NUNCA!
Este não me é um espaço.
 
Macioni Benjamin

Resposta


                                                 
Tenho aprendido que há certas coisas com as quais, inevitavelmente, temos que nos acostumar. Do contrário não há como viver.

Quero acostumar com o MEDO para que eu possa medir meus passos e evitar erros que possam ser evitados.

Quero acostumar ao corre-corre do dia para aprender a não ser vencida pelo tempo e dele saber tirar todos os proveitos.

Quero acostumar à falta deste mesmo tempo
para que eu me  lembre de valorizá-lo quando dele eu não dispor.

Preciso acostumar à ausência dos que me são caros, sem me fazer diminuída, quiçá gratificada pela possibilidade do encontro de outrora.

Quero acostumar a tudo o que me tiver remediado;
a sofrer de quando em vez ou todas às vezes se a vida assim quiser...

Só não acostumarei a me fazer vencida, derrotada, enfraquecida!
Tampouco me direi inativa, mas aprendi que o carpe diem é,
em tantas situações surgidas na vida, o real arrebatamento
já que não se pode prever, apenas ansiar o que se há de chegar.
                                    (Macioni )

sábado, 10 de março de 2012

Natureza viva

Natureza
 
Verde que te quero vida,
 Vida que te espero sempre habitada.
  Mas enfim que se há para proclamar,
Quando sequer a sabemos preservar?
 Vivemos a espalhar discursos de preservação mundial,
  a difundir panfletos de lamentação social,
  E, em verdade, não nos damos conta
  da real situação a que submetemos diariamente,
  aquela que dizem ser nosso grande tesouro:
  A floresta AMAZÔNICA.

  Se esta é de fato o nosso pulmão como(erroneamente) propagamos,
  então preparemo-nos todos para uma enfermidade próxima,
  Já incurável, pois nosso pulmão está completamente ameaçado!
  Absurdo? Vaidade? AMBIÇÃO?
  Tudo feito por uma única ação: a mão humana.
  Esta que tem agido sem cautela,
  transformando o multicolorido natural
  em DEVASTAÇÃO total.
 
  É chegada a hora de refletir que enquanto o homem
  luta pela aquisição de poder,
  a NATUREZA apenas PEDE para que a deixemos
  SobreVIVER.

Tempo


                       
         Quase sempre, envolvidos por situações difíceis encontradas ao longo
de um caminho, paramos e, ao refletir, percebemo-nos frente a um processo contínuo. Estamos em uma infinita metamorfose, seja esta de ideias, buscas, ou de vida.
        Durante muitos momentos perdidos, olhamos o céu, as estrelas, o sol, de novo o céu cinzento, a nebulosidade da noite, o dia! ( nem nos demos conta da passagem ocorrida).
       Tudo queremos amanhã, mas infelizmente, em consequência deste hoje impensado, apenas permanecemos sem poder ser. Por sorte ou não, temos ao nosso lado o mestre maior; o sábio de todos os tempos - o Tempo!
       Este será sempre o nosso mais real motivo de esperança. O tempo não para, tampouco nós devemos fazê-lo.
      Porém, como nada ou tudo é perfeito, há momentos em que almejamos a estabilidade deste mesmo tempo.
     Queríamos como incessante um sorriso verdadeiro, como eterna, uma presença especial; intransformável um encontro singelo.
     Mas, já que sem forças ilimitáveis, apenas podemos aproveitar a exatidão desses acontecimentos, tornando-os dia após dia, mais resistentes.
     Algumas raízes ficam e solidificam-se, outras voam com e como o tempo.
    Esquecimento! Bom ou ruim? Queremos e não queremos. Um dia, o bom ou ruim, tudo se vai. Nós também poderemos ir; quem irá lembrar? Se não lembrar, nada a fazer; o vento apagou "a mim, a você".
    Sempre indo, infinitamente seguindo. Muito aprenderemos com suas lições. Experiências fortes e doídas e ricas. Tudo em todas as épocas será agora, hoje ou ontem. Não importa, apenas aconteceu e se você quiser, apenas lembrará.

       macioni benjamin
Enviado por macioni benjamin em 30/01/2008
Código do texto: T839774

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