Menino, menino!
Por onde anda e em que onda?
São tantas contas na memória a divagar.
Menino, caro menino!
São findos os tempos do olhar...
Idos o tocar... o abraçar.
Cá eclodem somente as sinestésicas formas de ter,
Para o bem viver se fazer chegar.
Menino, ausente menino!
O amor é somente um falar
(quantas melodias se fazem apenas para rimar?)
Meu grito é mudo! É forte!
Somente a você pretende alcançar.
É a soma do cheiro lembrado,
Do som imaginado...
É o assomo da razão para o coração driblar,
(ou o contrário será?)
Viver, glorioso menino,
é carecer inventar:
colorir os encontros;
Celebrar os sonhos;
Aprender os sons não ouvidos e reaproveitar os quase esquecidos.
É fazer o então AMOR vingar.
Isso, menino, é o tal AMAR.
( é o que a você, amigo, tenho a doar).
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