SAUDADE...
Vã é a luta que ousar travar contra ela.
Quando mais te animas a rompê-la, mais a alimenta e engrandece.
Se te fazes entregue ou vencido, então é que mostra renitente, soberba, dilacerando-te o peito, infiltrando-se até onde reside o último gotejar de pensamento, ousando lembrar que ali se faz imperante.
Amores, alegrias, dores ou simples lembranças. Tantas recordações de um tempo que se deseja esquecer ou reviver. São imagens, cheiros, sons - proferidos ou apenas desejosos de se terem realizado.
Saudade, saudade! Viagem sem rumo ou tempo de duração.
Afigura-se na alma, no corpo, no que restar se SER em um humano coração vivido.
Sê mortal!
Onipotentes julgadores da matéria viva;
soberanos observadores do espaço circundante;
ricos permutores de misérias, captadores de tesouros...
... Guerreiros em potencial.
Não obstante, ao versar com o labirinto da alma, desnuda-se da proteção combativa e nada... NADA se ousa propor ou mesmo decifrar.
Então se faz ínfimo o que se quer majestoso;
metade o que se fazia inteiro...
Passado o Presente.
Mas há que se saudar a SAUDADE e encará-la firmemente.
E sorri-la;
E chorá-la;
E querê-la como mais um capítulo sem o qual seria impossível de nos sabermos inteiros.
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